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As mídias sociais estagnaram?

Série: Futurando

As mídias sociais
estagnaram?

Recentes atualizações de algoritmo e até possíveis banimentos de plataformas, o mercado está mudando. Será que as mídias sociais estagnaram?

Tempo de leitura: 7 minutos

Em 2020, o então presidente americano, Donald Trump ameaçou banir o TikTok do solo americano alegando potenciais riscos de vazamento de dados de cidadãos americanos para o governo chinês. Hoje o presidente Joe Biden, deu sequência a esse plano e as coisas parecem ser mais sérias do que as falas do ex-presidente. Mesmo eles sendo de lados opostos da política americana.

CEO do TikTok Shou Zi Chew fez um vídeo antes de ser ouvido pela justiça americana endereçando a questão aos usuários e chamando a comunidade.

O CEO da empresa Bytedance (responsável pelo TikTok ) inclusive, foi chamado para responder perguntas do congresso americano que busca encontrar brechas e falhas de segurança de dados de seus cidadãos.

Essa “guerra” da política americana contra a ferramenta tem despertado muitos comentários dos usuários americanos nas redes sociais que inclusive teorizam o envolvimento do CEO da Meta (Mark Zuckenberg) em uma manobra de lobby político devido a ameaça que a mídia social chinesa representa para sua empresa.

Adicionando um tempero…

Recentemente tanto o Instagram, quanto o TikTok, as principais mídias sociais do mundo hoje em dia, anunciaram mudanças em seus algoritmos que desagradaram muitas pessoas, inclusive quem faz das plataformas seu ganha pão, como exploramos no último artigo:

O FIM DO MARKETING DE INFLUÊNCIA?

Todo esse cenário, de mudanças potencialmente drásticas, despertou nossa curiosidade a respeito do mercado de Mídias Sociais como um todo e por isso nós queremos fazer um exercício de “tentar prever o futuro”. Vem com a gente…

A Saturação do modelo

Hoje, imaginar o mundo sem as redes sociais é quase imaginar um mundo sem energia elétrica, e 3,96 bilhões de pessoas depois (número estimado de usuários de redes sociais no mundo) estas plataformas produzem conteúdos sem parar, nos mais diversos formatos, patrocinados ou não, para promover negócios ou entreter as pessoas.

Com as recentes notícias, tanto da atualização dos algoritmos como das demissões em massa nas empresas envolvidas de alguma forma com mídias sociais, ficou claro, para nós, que as próprias plataformas estão chegando em um ponto de saturação, onde seu próprio modelo de negócio precisa ser revisto.

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Olhando para trás, é possível perceber que as empresas por trás das mídias sociais estavam muito dependentes dos aportes milionários de seus investidores e hoje, não estão conseguindo se manter de pé, agora que estamos passando por um momento de contração financeira.

A solução: Onerar seus usuários.

Recentemente ferramentas como o Instagram e Twitter anunciaram que passaram a cobrar pelo selo de verificado, e o TikTok por outro lado está passando por um momento de “filtragem” tornando a rentabilização de conteúdos mais difícil com a atualização de seu algoritmo.

Estes são só alguns exemplos da busca dessas plataformas por, ou gerarem outra fonte de renda, ou estancarem seus custos, mas o fato é que este modelo de grandes mídias sociais pode estar saturando e será necessário uma reinvenção. E isso leva a um segundo fator…

A era das mídias de Nichos

Com a geração Z começando a ter protagonismo social e querendo ter uma voz mais ativa, as Inteligências Artificiais possibilitando a criação de plataformas em questão de dias e a ciência de dados trabalhando os dados pessoais de maneira cada vez mais granular poderemos ver no espaço de 5 anos o surgimento de alguns novos players no mercado de Mídias Sociais.

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Diferente das plataformas que temos hoje em dia, acreditamos que as próximas mídias serão muito boas em trabalhar com nichos específicos, para dar voz às pessoas pertencentes a elas, com algoritmos ou não.

Ainda que hoje em dia já tenhamos isso, acreditamos que no futuro este é um ponto que se intensificará principalmente quando pensamos em algumas recentes polêmicas envolvendo a censura de conteúdos e usuários nas grandes plataformas (não estamos julgando se as mensagens continham Fake News ou não), a “crise” que o mercado de Influenciadores digitais está passando com movimentos como o “De-Influencing” e, como apontamos no primeiro fator, a saturação do mercado que faz com que muitas vozes falem ao mesmo tempo mas poucas sejam ouvidas graças ao algoritmo.

A era dos Ads “ultra personalizados”

A ciência de dados, empoderada pelo Big Data e agora, com o auxílio das Inteligências Artificiais, permite que qualquer negócio entenda seus usuários a um nível quase pessoal.

Alinhando isso, aos constantes avanços tecnológicos e a necessidade de criar mais formas de rentabilizar negócios digitais acreditamos que as ferramentas de Social Media Ads ficarão cada vez mais robustas, chegando próximas a um nível pessoal e até mesmo biológico.

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Hoje, ainda vivemos em um modelo de segmentação muito Demográfico / Geográfico que trabalham com grandes nichos e interesses as vezes genéricos (que muitas vezes são só curiosidades). Com o desenvolvimento de novas tecnologias de monitoramento da saúde por exemplo, carros inteligentes e outros pontos de contato do humano com a máquina, os ecossistemas de dados ficarão muito mais robustos, e com isso, os Ads…

Da forma como conseguimos analisar, ao integrar estes diferentes dados, de diferentes mercados e plataformas, quando os usuários forem para suas mídias sociais (sejam elas de Nicho ou Grandes plataformas) verão Ads muito mais específicos para aquele momento que estão vivendo, pessoal, profissional ou até mesmo clínico.

Essa ultra personalização virá com um preço, seguramente mais caro, para que você trabalhe “só” com Leads qualificados para o seu negócio.

Antes de você ir…

Esse é o primeiro artigo da nova série da HD.M – Digital & Content Marketing – “Futurando” e ele é baseado na análise e opinião da nossa equipe como um todo em relação a notícias e comportamentos, ela não reflete necessariamente a opinião individual de seus membros.

No final, assim que terminar de ler, a gente pode pedir para você comentar o que achou? Nós gostamos de estimular a conversa e aprender com as discussões saudáveis que podem surgir.

Considere também seguir a gente nas mídias sociais e sempre acessar nosso site para ler nossos artigos!

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O fim do Marketing de Influência?

O fim do Marketing de Influência?

Recentemente o Instagram e o TikTok atualizaram seus algoritmos e uma parte relevante do mercado de  Mídias Sociais está se pronunciando. Os Influenciadores Digitais. Será que estamos chegando no fim do Marketing de Influência como conhecemos?

Tempo de leitura: 5 minutos

O ano era 2010, e o cantor americano Dave Carroll lançava seu hit “United breakes Guitars” (https://www.youtube.com/watch?v=5YGc4zOqozo). No vídeo, a banda critica a gigante americana United Airlines por terem quebrado sua guitarra durante o despacho de bagagem e terem se negado a ressarcir o cantor. Algumas milhões de visualizações depois e a empresa não só pagou o cantor com indenização, como enfrentou uma enxurrada de denúncias e críticas de outros clientes.

Este foi um dos primeiros cases do que a influência de alguém pode fazer por uma marca. Positivo ou não, a partir deste ponto muita coisa ia mudar de lá para cá.

O Marketing de Influência

Essa forma de fazer marketing baseia-se principalmente no uso da imagem ou escrita de alguém que exerce influência sobre um grupo de pessoas para promover uma marca, um produto ou um serviço em troca de uma permuta ou valor pré-definido. Ao longo destes anos vimos uma explosão desse “Influencers” que hoje inclusive se definem assim profissionalmente.

Segundo um levantamento que fizemos em outro texto aqui na HD.M,  hoje, existem cerca de 500 mil influenciadores digitais no Brasil (pessoas que tem acima de 10 mil seguidores) e seus nichos são os mais variados possíveis.

Um mercado que hoje, estima-se movimentar cifras acima do BILHÃO de reais por ano.

Fora o que as marcas pagam à estes influenciadores, as plataformas de mídias sociais, para manterem estes perfis criando conteúdo nelas, também pagam grandes quantias de acordo com as visualizações e outras métricas. Aumentando ainda mais as cifras deste mercado.

Surge o sinal amarelo…

Desde o ano passado, vimos diversas empresas do setor de Tecnologia fazerem demissões em massa. Google, Microsoft, Meta, entre outras, demitiram pessoas às milhares. Mostrando que a situação econômica atual é desafiadora até mesmo para gigantes do mundo corporativo.

Não só isso, muitas ferramentas destas empresas, como Instagram e TikTok (pertencente à ByteDance) começaram a atualizar seus algoritmos neste começo de ano, seja para filtrar seus criadores, como o TikTok, como para barrar tanto dinheiro pago aos influenciadores, como o Instagram, “forçando” que estes criadores de conteúdo pensem em outras formas de gerar renda dentro da ferramenta.

E isso tem desagradado muitos profissionais deste mercado.

A influenciadora Amy Marietta explica as novas regras para “bombar” no Instagram explicitando sua indignação no TikTok

O perfil @tiktokforlocalbusiness mostra como o TikTok mudou seu algoritmo para algo bem parecido com o Youtube.

O perfil @christopherclafin mostra no TikTok como, na opinião dele, o Instagram está afastando seus criadores com as mudanças de algoritmo

Afinal, o Marketing de Influência está acabando?

A resposta para esta pergunta é…

DEPENDE…

Essas recentes mudanças, para mim, são um sinal claro de que o “gato subiu no telhado”. Não dos influenciadores mas sim das ferramentas. Com o aperto de gastos gerado por essa crise econômica que paira ao redor do mundo ultimamente, ficou muito explicito que as plataformas de mídias sociais não conseguiram, ao longo destes anos desenvolver algo que seja sustentável do ponto de vista de negócio. Mas sim, se basearam em um modelo que procurava atrair muitas pessoas que utilizariam suas ferramentas de graça, com a premissa de que elas poderiam fazer as marcas entrarem, criarem ads e rentabilizarem esse modelo de negócio (é um pouco mais complexo que isso, vamos explorar mais para frente).

Na prática, as marcas criaram um mix, entre os ads e o marketing de influência, tirando boa parte da renda das ferramentas e colocando na mão dos Influenciadores / Criadores de conteúdo.

Com o aperto financeiro, é um pouco lógico que as ferramentas dificultem a vida destes influenciadores para criar novas formas de rentabilização (pagar para ter o selo VERIFICADO, diminuir o valor pago por X visualizações, são alguns exemplos). Isso fará com que os influenciadores trabalhem mais para trazer mais qualidade para que seu trabalho seja visto nas redes sociais, o que filtrará alguns profissionais deste mercado. Além disso, podemos esperar um aumento do valor pelo “serviço de influência” tornado-o, talvez, pouco atraente para as marcas na hora de comporem seus Mix de investimento em Marketing de uma maneira geral.

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Escrito por:

Henrique D. Coletta

Fundador da HD.M e apaixonado pelo comportamento humano nesta era digital.

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