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Marketing de Nostalgia: O que o RBD nos ensina sobre isso?

Marketing de Nostalgia: O que o RBD nos ensina sobre isso?

O poder de uma das plataformas de Marketing mais usadas hoje em dia.

Tempo de leitura: 7 minutos

O passado, na maioria das vezes, carrega boas lembranças e, poder contar com momentos que nos levem de volta a situações já vividas anos atrás, é o que gera a famosa nostalgia, que acaba trazendo consigo alegria, sensação de pertencimento e, segundo estudos recentes realizados pela revista JNeurosci, por incrível que pareça, pode até reduzir dores!

O estudo revelou que, quando os participantes observaram imagens nostálgicas (como jogos e desenhos antigos) enquanto eram escaneados por uma máquina de ressonância magnética, foram relatados sinais mais fracos de dor, se comparados com a observação de imagens mais “modernas”. 

O comeback de grupos que marcaram gerações!

De alguns anos para cá, vários grupos que marcaram gerações anunciaram seus retornos, seja para realização de shows locais ou realização de turnês mundiais: Spice Girls, Backstreet Boys, NSYNC… No Brasil, grupos que foram sucesso nos anos 2000, como Rouge, Br’oz e KLB, lotaram casas de show quando fizeram seus comebacks. A dupla Sandy e Júnior também é um bom exemplo de retorno marcante!

Porém, um retorno muito aguardado não só pelos fãs brasileiros, mas por fãs do mundo todo, fez nascer fortemente a chama nostálgica na chamada “Geração Rebelde”, que festejou os indícios de retorno do grupo RBD. Como fã da banda desde 2004, quando a novela Rebelde foi lançada, e graduada em espanhol graças às 3 temporadas da novela e aos 9 álbuns de estúdio do RBD, o sentimento nostálgico tomou conta de mim e não há quem Sálvame! E, poder voltar a pensar na possibilidade de estar em um show do grupo novamente, fez também crescer a vontade de adquirir produtos relacionados ao RBD.

Várias marcas aproveitaram o momento para usar o marketing de nostalgia. Mas, afinal: o que é o Marketing de Nostalgia? “Solo Quédate en Silencio” e se liga em como as marcas aproveitam esse tipo de marketing.

O comeback de Sandy e Junior no seu último show levou 100 mil pessoas para o Parque Olímpico no Rio de Janeiro em 2019

O Marketing de Nostalgia e como as marcas aproveitam a oportunidade para engajar o público e aumentar vendas

Utilizar elementos do passado, principalmente os que fizeram enorme sucesso, é a principal forma do marketing de nostalgia chamar a atenção dos consumidores e aumentar suas vendas. Se utilizar elementos mais antigos já gera um sentimento de nostalgia nas pessoas mesmo quando não existe uma possibilidade real da volta daqueles momentos bons que já se foram, imagina quando uma banda, que foi sucesso mundial e uma das bandas mais premiadas do mundo, finalmente resolve fazer uma nova turnê, quase 15 anos depois de anunciado o fim? 

Mesmo quem não continuou sendo fã do RBD após anunciado o fim do grupo, teve o sentimento de nostalgia aceso e já pensa em comparecer em shows e em realizar compras de objetos que remetam ao grupo, como a famosa gravata vermelha. 

As marcas aproveitaram essa oportunidade relançando produtos, como os uniformes do Elite Way School, que eram usados pelos personagens da novela Rebelde, e vemos também novas versões dos famosos RGs dos integrantes da banda RBD sendo lançados.

A utilização do marketing de nostalgia aumenta o engajamento e gera uma proximidade maior com o público. Várias páginas estão utilizando músicas do RBD em seus reels e resgatando diversos elementos do grupo para realizar posts. E o resultado? Notoriamente o número de comentários citando o RBD e/ou Rebelde nesse tipo de publicação são maiores.

Na época do “boom” da novela e do grupo, os RGs faziam grande sucesso.

Eualber Henrique, criador da página Brazilian Version (@brazilianversion no Instagram, que já conta com mais de 615 mil seguidores), como fã do RBD, já criava conteúdos para a página utilizando o grupo e a novela Rebelde. A página traz posts que abordam a cultura do Brasil e a nostalgia para o brasileiro e, segundo Eualber, seria impossível não citar o RBD. “Eles estão presentes desde o início da página”, disse.

Questionado sobre se notou um engajamento maior nos conteúdos que citam o RBD, Eualber exaltou: “Com toda certeza! O RBD tem uma fã base muito grande, porém, é muito difícil encontrar portais que falem sobre ou resgatam tudo o que eles marcaram na vida dos fãs. Quando encontram um lugar que fala sobre, eles se encontram também, e é aí que o engajamento acontece”. Sendo fã de carteirinha, que tem a discografia completa e até tatuagem em homenagem ao grupo, Eualber admite ter uma facilidade para gerar conteúdos que abordam o RBD pois, no lugar de fã, sabe como sente falta da época em que o grupo surgiu e sabe o que os demais fãs gostariam de ver.

Quem ganha com isso e como aproveitar o marketing de nostalgia?

Quem ganha muito com todo esse marketing, principalmente, são os integrantes do RBD, claro! Que sabem muito bem o quanto mexer com a Geração Rebelde e com todos os seus sentimentos nostálgicos pode trazer de retorno, não apenas financeiro. Mas, todas as marcas podem aproveitar esse momento para engajar o seu público, atrair novos seguidores e vender mais! O fato é que o marketing de nostalgia, realmente, vende!

Entender o seu público é a forma principal para gerar conteúdos que estejam mais alinhados a ele. Abordar o tema que está em alta não é tão simples, ele precisa estar adaptado para o público que irá recebê-lo. 

Dessa forma, não só o sentimento de nostalgia irá se aflorar, mas também o consumidor irá perceber que a marca se preocupou e fez questão de pensar em um conteúdo que, apesar de abordar algum tema voltado ao passado, ainda traz as características adquiridas pelo consumidor com o passar do tempo e, mesclar essas fases, também pode trazer um ótimo retorno. Até porque, nem todas as pessoas que consomem seu produto e/ou conteúdo são parte da Geração Rebelde mas, com o assunto sendo tão abordado no momento, novos públicos podem virar consumidores (e por que não fãs?) do que está voltado ao grupo RBD, por exemplo.

Tudo isso não se aplica apenas aos conteúdos e produtos relacionados ao RBD, mas, o case é um sucesso e nos ajuda a entender mais sobre marketing de nostalgia e em como ele gera mais engajamento e vendas. Então, use e abuse do marketing de nostalgia, sempre de forma alinhada ao seu público. Não seja um rebelde, aquele que não segue os demais. Siga! Pois, na maioria das vezes, seguir o que está em alta é o que vai te trazer retornos positivos!

Hoje (16.01) a música Sálvame do grupo já conta com mais de 15 mil Reels PRODUZIDOS

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Escrito por:

Maraia Juliana

Coordenadora de Comunicação e especialista de mídias digitais. Apaixonada por entender as tendências de Marketing e comportamento, além de fã número um do RBD.

Antes de você ir!

Dá uma olhada nessa dica de leitura que a gente separou para você e que tem tudo a ver com o texto que você acabou de ler!

Livro: Marketing da Nostalgia: Um novo significado das experiências do passado

Autores: Radoslav Baltezarevic e Piotr Kwiatek

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Sistemas IA de criação de imagem vs. Designers e artistas

Inteligência Artificial que desenha vs. Designers e artistas

Uma correlação possível ou uma guerra travada entre IA e os profissionais do ramo do design?

Se “uma imagem vale mais que mil palavras”, quantas palavras valem uma imagem? Ou melhor, quantas e quais palavras são capazes de criar uma imagem? Acha que isso não faz sentido nenhum? Calma, neste post vamos explicar o quanto isso pode fazer sentido agora, com os mais recentes sistemas de Inteligência Artificial (IA) que desenham.

O que é Inteligência Artificial e como funciona?

De forma bem objetiva, a Inteligência Artificial dá às máquinas, dispositivos, softwares e sistemas, a possibilidade de pensarem, aprenderem, decidirem e se aperfeiçoarem constantemente de maneira lógica e racional, como nós, seres humanos (e muitas vezes até de nos superarem, já que processam infinitamente mais rápido). O grande objetivo por trás do uso desse tipo de tecnologia é o de evoluirmos e otimizarmos funções nos mais diversos âmbitos da sociedade, como: facilitar tarefas do dia a dia, modernizar processos de produção e até avançar em pesquisas científicas que podem revolucionar o ramo da saúde.

O que são as IAs que criam imagens?


Para explicar o que são e como é possível gerar imagens com Inteligência Artificial, voltaremos à nossa metáfora das palavras para podermos dizer, de prontidão, que algumas poucas palavras podem ser mais que suficientes para criar uma imagem quando falamos desses atuais e modernos sistemas. Projetados para transformar prompts de texto, ou seja, linguagem natural, em imagens realistas, ferramentas como as DALL-E e Midjourney, são bastante recentes, mas vieram para dar uma “mexida” no mundo dos criadores de arte.

Já imaginou como seria o apartamento da “Moça com Brinco de Pérola” de Johannes Vermeer? O Dall-E pode te ajudar com isso.

Por que considerá-las mais uma ferramenta de design? 

 

Quando se fala em IA, quase que automaticamente esse assunto vem acompanhado de discussão acerca de ética e, neste caso específico, o de criatividade e criações autorais. E isso é importante e não deve cessar. Mas também é válido pararmos para pensar que hoje, há diversos exemplos onde esse tipo de tecnologia está inserida em nosso cotidiano. Tanto que, às vezes, sequer nos damos conta de que ela está lá. E isso está relacionado a praticidade que ela pode gerar na nossa rotina, principalmente no meio profissional.

 

Como mencionamos no tópico anterior, as ferramentas de Inteligência Artificial que criam imagens e desenhos são muito recentes (lançadas em meados de 2021), então é de se esperar que os debates em torno disso estejam em alta. Mas, essa relação da tecnologia em nossas vidas é algo crescente, portanto, será que “fugir” ou “negá-las” não significa dar passos para trás? O ponto aqui é mostrar que elas podem, sim, somar como ferramentas de trabalho na rotina de designers e artistas, de forma que eles ainda tenham todo o aval de autoria pelas suas criações. 

 

Basta partir da ideia de que, por essas ferramentas se limitarem ao comendo textual, é imprescindível que haja uma mente criativa por trás, que tenha a capacidade de direcionar a IA ao resultado que se deseja alcançar. Além disso, o tipo de uso dessas ferramentas têm se mostrado múltiplos, já que através desses sistemas é possível criar desenhos do zero, bem como efetuar edições ou criar versões realistas de uma imagem original do artista ou designer. Vale a pena testar.

Confira nossas soluções para criação e design!

Antes de você ir!

Dá uma olhada nessa dica de leitura que a gente separou para você e que tem tudo a ver com o texto que você acabou de ler!

Livro: EU, ROBÔ

Autor: Isaac Asimov

Idealizado por:

Henrique Della Coletta

Fundador da HD.M e especialista em Marketing Digital. Formado pela PUC – SP com pós-graduações em Marketing Digital e Gestão de Reputação na Era Digital. Apaixonado pela criatividade e por entender comportamentos sociais.

Escrito por:

Bianca Godoy Novena

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Como a era digital criou a eleição mais polarizada do Brasil?

Como a era digital criou a eleição mais polarizada do Brasil?

Neste ano de 2022 nós teremos a 23ª eleição direta no Brasil. E, diferente das outras edições, esta, mais do que nunca, está marcada por uma influência direta da era digital. Muito mais do que o último pleito.

Longe de termos uma Cambridge Analytica aqui no Brasil, a polarização está sendo reforçada por uma lista de três tópicos que vamos explorar mais aqui embaixo. Independente do seu lado da balança, vem com a gente que explicamos melhor:

ANTES DE COMEÇARMOS. 

Temos uma recomendação de leitura sobre o tema e ela influenciou bastante a escrita deste texto.

Livro: OS QUATRO

Autor: Scott Galloway

AGORA VAMOS LÁ:

1. “ESTÃO OUVINDO A GENTE!”

Todo mundo já falou ou já ouviu alguém falar isso. Na verdade eles não estão ouvindo, não diretamente pelo menos (Vamos explorar esse tema em outro texto). Isso tudo são dados de comportamento e localização que você está enviando a partir do seu celular para o famoso ALGORITMO.

Todo mundo sabe que as grandes empresas, principalmente as de mídias sociais, como Meta (facebook e instagram) e Tiktok tem algoritmos que conseguem capturar nossos gostos e padrões de comportamento para nos mostrar exatamente o conteúdo que queremos ver.

Agora, pense um pouquinho:
Por que isso acontece? 

Simples. Porque é mais barato!

As empresas de mídias sociais ganham dinheiro vendendo espaços publicitários e dados de comportamento para empresas. Em contrapartida o maior custo deles é o de distribuição de todos os conteúdos, pagos ou não, para as pessoas.

Se você está num dilema mortal entre pedir uma pizza ou um lanche, a mídia social terá mais trabalho de te convencer entre um ou outro, pois ela precisará usar mais conteúdos para que você finalmente faça sua escolha. 

Na política isso não é diferente. Se você é uma pessoa em cima do muro, as mídias sociais não se darão ao trabalho de ficar te convencendo. Agora, caso você tenha uma leve inclinação para um dos dois lados, prepare-se para pular de vez para ele. Pois será mais rentável para as plataformas, já que os anúncios atingirão o público certo e serão mais convertidos, fazendo com que mais empresas coloquem mais dinheiro nas plataformas. 

2. CADA UM NO SEU QUADRADO

Você agora está imerso no mundo da sua opção política. Vê vídeos, posts, carrossel, links no Google (orgânicos e pagos), enfim. Vira um consumidor feroz de conteúdos da sua opção. No meio deste processo, você esqueceu de uma coisa. Onde está o outro lado? 

Uma pesquisa do PorderData (link aqui) de Outubro de 2021 constatou que 45% dos brasileiros gasta entre 1 e 5 horas por dia nas mídias sociais e 35% passa até uma hora em uma das plataformas disponíveis no mercado. 

Lembre-se, para as empresas, é mais interessante que você esteja de um dos lados da moeda, portanto, quanto mais tempo você passar ali dentro, mais as plataformas vão te “afundar” neste lado e pouco a pouco você vai esquecendo que o outro lado existe simplesmente porque não chegará até você uma opinião contrária a sua. 

Esse isolamento é um dos principais motivos porque vivemos uma era de polarizações extremas. Como nós temos poder sobre que tipo de informação vamos consumir, quanto mais tempo passamos assistindo algo que nos “faça bem”, mais nos esquecemos daquilo que pode trazer um contraponto. E dessa maneira cada um vai ficando no seu quadrado, construindo muros em volta dele.

3. A ERA DAS OPINIÕES

Hoje temos uma infinidade de formatos de conteúdos em uma infinidade de plataformas. E para cada formato em cada mídia temos pessoas que gostam de expressar suas opiniões. 

Uma pesquisa feita pela Nilsen e exposta pela Folha de São Paulo e o jornal O Povo (link aqui) levantou que hoje existam 500 mil influenciadores digitais no Brasil (pessoas que tem a partir de 10 mil seguidores).

Achar um ou mais influenciadores que estejam no mesmo lado que você não é uma tarefa necessariamente difícil. Com tanta gente expressando sua opinião sem um controle claro do que está sendo dito e principalmente, sem uma opinião contrária para gerar o debate (SAUDÁVEL), é criada uma “surdez seletiva” para qualquer opinião que pode parecer levemente contrária a sua ou àquela pessoa que está falando e te influenciando. 

E AGORA? 

Com todos estes fatores influenciando, os resultados não poderiam ser diferentes. Há 3 semanas atrás, na pesquisa de intenções de voto do Datafolha (link aqui ) os dois principais candidatos (O ex-presidente Lula e o atual presidente Bolsonaro) acumulam, juntos, 75% das intenções de voto (47% para o ex-presidente e 28% para o atual presidente). Ou seja, 25% dos votos estão distribuídos entre os outros candidatos, votos brancos e quem vai anular. 

 

Para efeitos de comparação, o pleito que elegeu Bolsonaro teve, no primeiro turno, uma distribuição muito mais igualitária entre seus candidatos. 

O atual presidente tinha “apenas” 36% das intenções de votos, Fernando Haddad tinha 22% e até mesmo o candidato Ciro Gomes tinha 11% (hoje este pontua 8% em 2022). – Link para o gráfico aqui

 

Independente das discussões políticas e formas de governar, fica evidente que hoje a polarização se tornou uma realidade e que as plataformas digitais tem contribuído ativamente com ela. Seja pelo corpo político diretamente com propagandas e interações diretas nas plataformas, seja através de seus apoiadores com opiniões, vídeos e outros conteúdos que amplificam o alcance dos políticos.

 

O QUE ESPERAR LÁ NA FRENTE? 

Polarizações e radicalizações nunca foram muito saudáveis para nós, porém, será interessante analisar como os eventos futuros vão se desdobrar e como será a condução do tema político através das mídias sociais e demais plataformas. Para quem ainda está em cima do muro, brinque com o Algoritmo, fala pra ele que você gosta de um lado, volta, fala que gosta do outro. De repente você consegue convencer outras pessoas ao seu redor que a discussão é saudável e ajuda todo mundo!

Escrito por:

Henrique Della Coletta

Fundador da HD.M e especialista em Marketing Digital. Formado pela PUC – SP com pós-graduações em Marketing Digital e Gestão de Reputação na Era Digital. Apaixonado pela criatividade e por entender comportamentos sociais.

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