O fim do Marketing de Influência?

Recentemente o Instagram e o TikTok atualizaram seus algoritmos e uma parte relevante do mercado de  Mídias Sociais está se pronunciando. Os Influenciadores Digitais. Será que estamos chegando no fim do Marketing de Influência como conhecemos?

Tempo de leitura: 5 minutos

O ano era 2010, e o cantor americano Dave Carroll lançava seu hit “United breakes Guitars” (https://www.youtube.com/watch?v=5YGc4zOqozo). No vídeo, a banda critica a gigante americana United Airlines por terem quebrado sua guitarra durante o despacho de bagagem e terem se negado a ressarcir o cantor. Algumas milhões de visualizações depois e a empresa não só pagou o cantor com indenização, como enfrentou uma enxurrada de denúncias e críticas de outros clientes.

Este foi um dos primeiros cases do que a influência de alguém pode fazer por uma marca. Positivo ou não, a partir deste ponto muita coisa ia mudar de lá para cá.

O Marketing de Influência

Essa forma de fazer marketing baseia-se principalmente no uso da imagem ou escrita de alguém que exerce influência sobre um grupo de pessoas para promover uma marca, um produto ou um serviço em troca de uma permuta ou valor pré-definido. Ao longo destes anos vimos uma explosão desse “Influencers” que hoje inclusive se definem assim profissionalmente.

Segundo um levantamento que fizemos em outro texto aqui na HD.M,  hoje, existem cerca de 500 mil influenciadores digitais no Brasil (pessoas que tem acima de 10 mil seguidores) e seus nichos são os mais variados possíveis.

Um mercado que hoje, estima-se movimentar cifras acima do BILHÃO de reais por ano.

Fora o que as marcas pagam à estes influenciadores, as plataformas de mídias sociais, para manterem estes perfis criando conteúdo nelas, também pagam grandes quantias de acordo com as visualizações e outras métricas. Aumentando ainda mais as cifras deste mercado.

Surge o sinal amarelo…

Desde o ano passado, vimos diversas empresas do setor de Tecnologia fazerem demissões em massa. Google, Microsoft, Meta, entre outras, demitiram pessoas às milhares. Mostrando que a situação econômica atual é desafiadora até mesmo para gigantes do mundo corporativo.

Não só isso, muitas ferramentas destas empresas, como Instagram e TikTok (pertencente à ByteDance) começaram a atualizar seus algoritmos neste começo de ano, seja para filtrar seus criadores, como o TikTok, como para barrar tanto dinheiro pago aos influenciadores, como o Instagram, “forçando” que estes criadores de conteúdo pensem em outras formas de gerar renda dentro da ferramenta.

E isso tem desagradado muitos profissionais deste mercado.

A influenciadora Amy Marietta explica as novas regras para “bombar” no Instagram explicitando sua indignação no TikTok

O perfil @tiktokforlocalbusiness mostra como o TikTok mudou seu algoritmo para algo bem parecido com o Youtube.

O perfil @christopherclafin mostra no TikTok como, na opinião dele, o Instagram está afastando seus criadores com as mudanças de algoritmo

Afinal, o Marketing de Influência está acabando?

A resposta para esta pergunta é…

DEPENDE…

Essas recentes mudanças, para mim, são um sinal claro de que o “gato subiu no telhado”. Não dos influenciadores mas sim das ferramentas. Com o aperto de gastos gerado por essa crise econômica que paira ao redor do mundo ultimamente, ficou muito explicito que as plataformas de mídias sociais não conseguiram, ao longo destes anos desenvolver algo que seja sustentável do ponto de vista de negócio. Mas sim, se basearam em um modelo que procurava atrair muitas pessoas que utilizariam suas ferramentas de graça, com a premissa de que elas poderiam fazer as marcas entrarem, criarem ads e rentabilizarem esse modelo de negócio (é um pouco mais complexo que isso, vamos explorar mais para frente).

Na prática, as marcas criaram um mix, entre os ads e o marketing de influência, tirando boa parte da renda das ferramentas e colocando na mão dos Influenciadores / Criadores de conteúdo.

Com o aperto financeiro, é um pouco lógico que as ferramentas dificultem a vida destes influenciadores para criar novas formas de rentabilização (pagar para ter o selo VERIFICADO, diminuir o valor pago por X visualizações, são alguns exemplos). Isso fará com que os influenciadores trabalhem mais para trazer mais qualidade para que seu trabalho seja visto nas redes sociais, o que filtrará alguns profissionais deste mercado. Além disso, podemos esperar um aumento do valor pelo “serviço de influência” tornado-o, talvez, pouco atraente para as marcas na hora de comporem seus Mix de investimento em Marketing de uma maneira geral.

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Escrito por:

Henrique D. Coletta

Fundador da HD.M e apaixonado pelo comportamento humano nesta era digital.

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